Recentemente,
a revista científica Psychological Science in the Public Interest, expõe dez
técnicas de estudo tidas como as mais eficientes e de melhor utilidade. Desse
trabalho, a Faculdade Ateneu recomenda as cinco principais, que podem trazer
grandes benefícios para o estudante.
Três
técnicas de estudo foram encaradas como de utilidade moderada: “interrogação
elaborativa”, “auto-explicação” e “estudo intercalado”. As duas que obtiveram o
mais alto grau de utilidade na aprendizagem foram as técnicas de “teste
prático” e “prática distribuída”.
É
a ciência desaprovando boa parte das minhas técnicas de estudo, muito baseado
em resumos, grifos, mnemônicos e mapas mentais. Por outro lado, foi confirmada
a impressão que eu tinha de que a realização de exercícios em doses cavalares
era extremamente efetiva para o estudo para concursos públicos.
Para
se ter uma visão mais detalhada de como funciona o aprendizado, recomendo
fortemente que leia o livro Os 7 Pilares do Aprendizado, de Paulo Ribeiro, que
já escreveu aqui no Mude.nu como a ciência pode melhorar o seu aprendizado.
Mesmo
com os resultados da pesquisa, é importante considerar que cada pessoa tem suas
próprias técnicas de estudo e nada está escrito em pedra. Dito isto, falemos
agora sobre as dez técnicas de estudo, das piores para as melhores.
1. Interrogação
elaborativa
A
técnica de interrogação elaborativa consiste em criar explicações que
justifiquem por que determinados fatos apresentados no texto são verdadeiros.
Os estudantes devem concentrar-se em perguntas do tipo “Por quê?” em vez de “O
quê?”. Esse tipo de estudo requer um esforço maior do cérebro, pois
concentra-se em compreender as causas de determinado fato, investigando suas
origens. Falando especificamente de concursos públicos, a interrogação
elaborativa é um grande diferencial na hora de responder redações e questões
discursivas.
2.
Auto-explicação
A
auto-explicação mostrou-se ser uma técnica útil para aprendizagem de conteúdos
mais abstratos. Na prática, trata-se de ler o conteúdo e explicá-lo com suas
próprias palavras para você mesmo. O estudo mostrou que a técnica é mais
efetiva se utilizada durante o aprendizado, e não após o estudo.
3. Estudo
intercalado
O
estudo intercalado é o que chamamos de rotação de matérias em posts anteriores.
A pesquisa procurou saber se era mais efetivo estudar tópicos de uma vez ou
intercalando diferentes tipos de conteúdos de uma maneira mais aleatória.
Os
cientistas concluíram que a intercalação tem utilidade maior em aprendizados
envolvendo movimentos físicos e tarefas cognitivas (como ciências exatas). O
principal benefício da intercalação, como já havíamos observado, é fazer com
que a pessoa consiga manter-se mais tempo estudando.
4. Teste
prático
Realizar
testes práticos sobre o que você está estudando é uma das duas melhores
maneiras de aprendizagem. A pesquisa científica mostrou que realizar testes
práticos é até duas vezes mais eficiente do que outras técnicas.
No
caso específico de concursos públicos, a recomendação é fazer toneladas de
exercícios de provas anteriores. Não apenas do cargo para o qual você está
estudando, mas qualquer tipo de questão que encontrar pela frente.
5. Prática
distribuída
A
prática distribuída consiste em distribuir o estudo ao longo do tempo, em vez
de concentrar toda a aprendizagem em um bloco só (na véspera da prova).
Pesquisas
mostram que o tempo ótimo de distribuição das sessões de estudo é de 10% a 20%
do período que o conteúdo precisa ser lembrado. Por essa conta, se você quer
lembrar algo por cinco anos, vocÊ deve espaçar seu aprendizado a cada seis
meses. Se quer lembrar por uma semana, deve estudar uma vez por dia.
A
grande dica é não incorporar uma técnica só, mas aplicar as cinco de forma
dosificada e consciente. Bons estudos para você.
Fonte: Mude.nu
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