“Percebe-se, ao longo desses últimos anos, significativa confusão ante estes dois temas propostos neste artigo. Ou seja, temos observado que ao longo desse tempo têm-se feito muita confusão, a partir destes dois conceitos na área da gestão: gestão de pessoas e gestão de recursos humanos.
A confusão, via de regra, dá-se da seguinte forma: - RH é a
mesma coisa que Gestão de Pessoas? Ou, a Gestão de Pessoas é o RH do século XXI?
Esta dúvida é fruto frente aos diversos – e novos – nomes que
a área de RH vem recebendo ao longo desses últimos anos, tais como: gestão de
pessoas, área de talentos humanos, área de gestão do capital humano,
administração do capital intelectual, diretoria de gente, entre tantos outros.
Esta mudança, na nomenclatura da área de RH - e/ou na
utilização dos termos-, na maioria das vezes, e, principalmente, para os
trabalhadores e para os alunos do curso de Administração de Empresas e
Tecnólogo de Gestão de RH, tem causado muita confusão. Isto porque, o simples
fato de se mudar de nome da área não se muda o processo alienativo/ e
explorativo que a classe trabalhadora se encontra neste "novo" mundo
do trabalho, no século XXI.
Assim, fica a questão central deste artigo: o que difere o
termo gestão de pessoas do termo gestão de recursos humanos? O que faz
um? O que faz o outro? Um é o outro? Ou, o outro é o um?
Ainda, este texto tentará trazer - como contribuição - a abrangência
– e o significado – desses dois conceitos, que são centrais no século XXI, para
as pessoas que desempenham atividades profissionais, no novo mundo do trabalho,
bem como estão nos bancos escolares universitários, mormente no curso de
Administração de Empresas e de Gestão.
Sem polemizar, mas buscando um melhor esclarecimento, de
imediato, sobre o significado da área de RH e sua importância, nos
apropriaremos de Chiavenato (2008, p. 2):
(...) "RH é a unidade operacional que funciona como
órgão de staff, isto é, como elemento prestador de serviços nas áreas de
recrutamento, seleção, treinamento, remuneração, comunicação, higiene e
segurança do trabalho, benefícios, etc".
Ainda, e indo logo ao ponto crucial deste debate, o termo
gestão de pessoas é, no limite, um recurso teórico e metodológico a fim de
discutir as – diversas - maneiras como o gestor de pessoas deve agir nos novos
contextos no mundo do trabalho. Ou melhor, é uma abstração teórica importante
para a análise dos diversos modos como o conjunto de indivíduos reage aos
fenômenos sociais e organizacionais.
Um modelo de gestão de pessoas transcenderia a operação dos
tradicionais subsistemas de RH (treinamento, remuneração, movimentação de
pessoas etc.), abrangendo os princípios, os conceitos, as práticas e as
prioridades em uma organização, que fundamentariam a definição e a utilização
de ferramentas de gestão para direcionar o comportamento humano no trabalho,
incluindo aí estratégias de ação de gestores e de funcionários, e de líderes e
de liderados (MASCARENHAS, 2008).
Nessa perspectiva, e por outro lado, a gestão de recursos
humanos é uma área – ou uma função – onde os profissionais de RH trabalham em
tempo integral, em papéis diretamente relacionados com esta área. Ou seja, são
selecionadores, treinadores, administradores de salários e benefícios,
avaliadores de desempenho, engenheiros de segurança, médicos do trabalho,
psicólogos, assistentes sociais, economistas, advogados, administradores,
contadores, e tecnólogos, entre outros.
Já a gestão de pessoas, visa aprimorar as competências de
todos os atores organizacionais, incluindo aí os trabalhadores do RH. Dito de
outra forma, a questão tecno-administrativa da área de RH é de competência da
própria área. Porém, a função de gerir pessoas é de responsabilidade de todos
os líderes e de todas as equipes, e, no limite, é de responsabilidades de todos.
No fim das contas à gestão de recursos humanos busca o melhor
encaixe com as políticas empresariais, através de estratégias funcionais de RH,
propriamente dita. Já para o modelo de gestão de pessoas, este prioriza o
aspecto central do comportamento humano, como foco central, bem como o articula
em torno do envolvimento, da motivação, da fidelidade, do comprometimento, da
liderança e da ética, entre outros.
Porém, mesmo que não se chegue a um consenso sobre esta questão específica, pelo menos, espera-se que no mundo do trabalho, do século XXI, com um conceito ou com outro, ou, na fusão dos dois, busque-se uma importante harmonização, os trabalhadores sejam mais respeitados por seus empregadores e pelos gestores de RH.
Enfim, torce-se que os empregadores, e os gestores de RH, saiam do discurso fácil do marketing e persigam não só o lucro, mas o importante investimento no fator humano como vantagem comparativa.”
Porém, mesmo que não se chegue a um consenso sobre esta questão específica, pelo menos, espera-se que no mundo do trabalho, do século XXI, com um conceito ou com outro, ou, na fusão dos dois, busque-se uma importante harmonização, os trabalhadores sejam mais respeitados por seus empregadores e pelos gestores de RH.
Enfim, torce-se que os empregadores, e os gestores de RH, saiam do discurso fácil do marketing e persigam não só o lucro, mas o importante investimento no fator humano como vantagem comparativa.”
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