Contrariamente
ao que boa parte dos meios de comunicação afirma, o segundo semestre será um
período mais favorável para a geração de empregos. Essa é a expectativa de
Antônio Gilvan Mendes de Oliveira, Presidente do Sine/IDT. O dirigente projeta
o surgimento de novas oportunidades com base no histórico do período de julho a
dezembro, que concentra férias (e consequente maior movimentação turística) e
outras datas muito fortes para o comércio, como o Natal. “Estou otimista. Nos
ciclos da economia, o segundo semestre é mais favorável à contratação”,
garante.
Para
quem busca sua vaga, os setores de comércio e serviços, além da construção
civil, devem continuar gerando o maior volume de oportunidades. As estimativas
são otimistas para que esses setores ajudem a diminuir o percentual de
desemprego na Região Metropolitana de Fortaleza, que no mês de maio alcançou a
taxa de 8% – o que representa cerca de 148 mil pessoas. Por outro lado,
continuam surgindo vagas de emprego.
Semanalmente,
o Sine/IDT oferta cerca de 2 mil postos de trabalho para as mais diversas
ocupações, na capital e no interior do Estado. “Já percebemos uma ampliação no
número de postos de trabalho ofertados, embora o desempenho não seja o mesmo do
ano passado. Mas esperamos que haja uma melhora nos indicadores”, projeta Antônio
Gilvan.
Em
entrevista recente para o jornal Diário do Nordeste, o especialista detalhou o
comportamento do mercado de trabalho no Ceará, faz projeções para o segundo
semestre e explica que atitudes fazem a diferença na busca por uma ocupação.
"O
Estado tem um papel indutor importante para alavancar a economia. Os ajustes do
Governo do Estado para ajustar a máquina e a retomada de algumas obras dão
ânimo ao mercado. Em nível nacional, há um esforço para que as grandes obras
recomecem o mais rápido possível, o que também favorece. A geração de vagas no
segundo semestre é mais pujante. Nos ciclos da economia, o segundo semestre é
mais favorável à contratação.
Os
setores de comércio e serviços vão continuar sendo os mais fortes na geração de
vagas?
Sim,
até pela característica de Fortaleza ser a 1ª cidade do Nordeste – e a 3ª do
Brasil – em termos de movimentação turística. Por exemplo, o Centro de Eventos
do Ceará vive com a agenda lotada. O setor turístico puxa toda a cadeia
produtiva. Em julho, há um aquecimento por causa das férias. E no final do ano
haverá as datas fortes para o comércio.
Na
prática, o que o trabalhador precisa para conseguir emprego num cenário como o
atual?
Ele
tem que investir nele mesmo, preparar um bom currículo e acompanhar sempre a
oferta de oportunidades. Elas mudam todos os dias, é um sistema que sempre se
movimenta e se atualiza. As pessoas têm que voltar a estudar se querem ter uma
boa empregabilidade. Muitas vezes as pessoas fazem um investimento errado: ao
invés de fazer um curso, compram um celular de última geração. Num período de
recessão, o processo seletivo é mais rigoroso. Adquirir conhecimento faz o
trabalhador ser melhor.
O panorama é mais fácil para quem procura se reinserir no mercado?
O
fato de ele já ter experiência é uma vantagem. Cabe a ele monitorar as
oportunidades que surgem no Sine, nos jornais, nas agências particulares ou nas
consultorias. Às vezes vemos um profissional qualificado desempregado porque
não tomou a iniciativa. Ele tem que procurar os canais certos.
Fonte: Caderno
de Inclusão Profissional Nº1 - Diário do Nordeste.
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