Você vive reclamando que a sua vida está uma correria? Um novo estudo mostra que, talvez, o problema esteja justamente no excesso de tempo livre - ou no fato de você não estar sabendo usá-lo para fins realmente importantes.
Interrompemos
mais de 200 alunos em uma aula e pediram que completassem diferentes tarefas
por cinco minutos. Alguns tinham que riscar a letra “e” em páginas de texto, o
que representou, para os cientistas, uma tarefa de desperdício de tempo. Outros
tiveram que escrever uma carta para animar uma criança gravemente doente.
Depois,
cada um teve de responder perguntas que envolviam a sua percepção do tempo
futuro. Resultado: quem escreveu a carta (ou seja, se empenhou em uma atividade
generosa e altruísta) foi mais propenso a concordar com afirmações como “meu
futuro parece infinito para mim”, indicando a sensação de uma passagem do tempo mais lenta.
Você deve
estar pensando: “é, mas o tempo provavelmente correria de um jeito diferente
para mim se eu também tivesse que ficar riscando a letra ‘e’ em um texto”. Para
não restar dúvidas, os pesquisadores fizeram outro teste em que a tarefa de
desperdício de tempo era prazerosa.
Neste, um
grupo de voluntários teve um período de tempo livre para fazer o que quisessem,
enquanto o outro teve de usar o tempo para fazer algo em benefício de alguém. O
resultado foi o mesmo, com um adicional: o grupo dos altruístas reportou ainda
um senso de poder pessoal e eficácia maiores que o outro.
Para
terminar, foi feito mais um teste, similar ao primeiro: estudantes foram
interrompidos durante a aula e informados de que teriam de ajudar um aluno com
dificuldades, editando um texto que seria enviado para a faculdade em que
estava tentando entrar. Mas só parte deles fez isso. Os outros foram informados
na última hora de que a ajuda não seria mais necessária e estavam, portanto,
livres para fazer o que quisessem com o seu tempo extra.
Depois,
eles tiveram que descrever sua percepção do tempo, dizendo quantos minutos
acharam que haviam tido (seja para ajudar o aluno, seja para gastar com o que
quisessem) e quanto tempo estavam dispostos a comprometer ajudando outros.
Os que
haviam ajudado a editar o texto não só
acharam ter tido mais tempo para a tarefa do que aqueles que
ficaram fazendo outras coisas, como também estavam mais dispostos a usar do seu
tempo de lazer em favor de outros na semana seguinte.
Menos é
mais
Sim:
ironicamente, aqueles
que desfrutaram de mais tempo livre manifestaram a sensação de ter tido menos
tempo disponível.
Acredita-se que ajudar os outros tenha feito com que os voluntários
sentissem que podiam realizar mais em menos tempo (os testes mostraram que eles
de fato se sentiam mais eficazes), e isso parece esticar o tempo em nossas
mentes.
fonte: http://super.abril.com.br
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