O novo marketing não abandona as ideias, as estratégias, as pesquisas de mercado, as lições da segmentação dos produtos etc, mas mostra um outro lado estudado, porém, pouco difundido, e porque não dizer, esquecido. Trabalhar o lado “pessoa” é a onda do momento dos novos marketeiros. Os valores das empresas passam a andar junto com os valores dos clientes, os ganhos gerados e a lucratividade, passam a ter importância na geração desses valores. O surgimento das novas tecnologias acopladas às redes sociais e à abertura dos novos mercados deu segurança aos consumidores na tomada de decisão por esse ou aquele produto/serviço. A forma de comunicar produtos e serviços, bem como gerar aceitação por parte dos consumidores terá que ter uma aceitação prévia através das redes virtuais, gerando um marketing mais explicativo e colaborativo. As empresas serão cobradas a cumprir as promessas e valores difundidos. Ficou provado que valorizar apenas a qualidade ou atributos dos produtos torna a empresa menos competitiva em relação à opinião dos consumidores. Quando uma empresa ou produto se apresenta com um elevado percentual de pesquisa (share of mind) aumenta ainda mais seu compromisso com a responsabilidade social. Para LIMA e ZOTES (2004): “A responsabilidade social corporativa é o comprometimento permanente dos empresários em adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, simultaneamente, com a melhoria da qualidade de vida de seus empregados e de seus familiares, da comunidade local e de toda a sociedade”. Essa é a visão que devemos ter tanto interna como externamente à empresa.
Da Flórida, o pesquisador americano Philip Kotler concedeu por telefone a seguinte entrevista para a revista EXAME: O Marketing 3.0 prega que as empresas devem ter preocupações ambientais e sociais. Isso não é uma visão romântica dos negócios? A Home Depot, uma grande cadeia de material de construção e bricolagem, fez um experimento em que oferecia dois tipos de madeira semelhantes. Uma das opções era madeira certificada como sustentável e a outra era madeira comum. Com preços iguais, a maioria absoluta dos consumidores comprou a madeira certificada. Em uma segunda etapa, a madeira certificada foi oferecida por um preço um pouco mais alto do que a comum. Ainda assim, 35% dos consumidores se dispuseram a comprá-la. O experimento mostra que, pelo mesmo preço, um produto ou uma marca verde será o escolhido. O novo marketing nos mostra como podemos evoluir, como pessoa, como profissional, como acionista etc. O importante é que essa evolução necessita da nossa consciência em preservar o planeta e a humanidade.
Prof. Alfredo Moreno
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